sexta-feira, maio 09, 2003

- Faz tempo que não posto sonhos em lugar algum. mas hoje que consegui finalmente dormir algo perto de 8 horas meu cérebro achou que tinha tempo suficiente pra me mostrar o seguinte:

Eu estava na casa da minha tia em São Paulo e tarde da noite o Thiago me liga, pra receber um esporro gigante, homérico da minha mãe e minha recém-falecida prima telefonar àquela hora. Então, na cinzenta tarde seguinte resolvi pegar um avião pro Japão.A viagem foi tão curta que devo ter ido só até a Liberdade, o mais perto de Japão que conheço. Passei um tempo ali, voltei pra Santos e fui andar pela avenida da praia à noite, com o comércio fechando. Entrei num lugar que parecia uma cozinha me deparei com a figura baixinha do Chris Claremont, roteirista crássico dos gibis dos X-Men, que limpava as mesas e paredes com um pano. "E aí, Chris, tudo bem? Olha só, o Steven Grant quer falar contigo um negócio, não lembro direito, um lance aí". Havia uma loja de quadrinhos [talvez a própria loja do Claremont] e achei vários números do FILTH que me faltam, inclusive um cuja capa mostrava uma mulher alienígena [ou morta] de olhos brancos e cabelos azuis acordando, com duas imagens no mesmo espaço pra indicar passagem de tempo. No gibi, ultracolorido e cheio de texto, ela estava em um asteróide cheio de gente com uniformes da Nova Geração do "Star Trek". Mais adiante cheguei num prédio com vigas arredondadas dos anos 60 e uma galeria comercial embaixo. Lá havia uma delegacia de polícia chique que parecia uma loja. Avisaram que um cara queria falar comigo: era o Ed O'Neill, Al Bundy em pessoa, vestido como o policial da série "Dragnet" e segurando uma alicate de cortar grade em uma mão e uma maça medieval na outra, prestes a me bater. Mas era zoeira, a gente era amigo de longa data e nos abraçamos. Fomos botar a conversa em dia num banco da delegacia, perto da mesa de uma coroa gordinha que comia biscoito com café, fumava e havia roubado o bilhete de loteria premiado de um policial muito velho que reclamava ali pelos cantos. Ed molhou o cinzeiro da mulher pra apagar o cigarro. E começou a dar um esporro nela.

e a Flávia tem tido sua cota de sonhos legais também.