quarta-feira, maio 26, 2004

- tempo doente. bolha de calor no meio do outono-quase inverno, criada pelo ar quente do noroeste que abriu caminho por entre a chuva e o marasmo quase seco do pré-são joão. deve afetar a pressão interna da cabeça e deixar tudo em suspensão. esperando a explosão, o expurgo que não vem, lamentando a distância tão curta mas equivalente a uma dimensão paralela de tão longe que parece. lá a diferença de pressão é maior, causa doença dos caixões em quem passa de um nível pro outro sem uma boa descompressão; a cabeça incha ou murcha e nosso humor de acordo. um outro mundo entre a gente. corredores se apressam pra chegar na largada e correr ainda mais. velhas com número na barriga às 11 e meia da noite. dia do desafio serve pra induzir células excitadas a seguir numa direção tal de modo que acabem por gerar energia para um jogo que não existe fora dali. mas é assim com todos e a negação dele é outro jogo. extraíram o apêndice do meu espírito e nada tem graça sem ele. nada, eu sou um velho olhando o mundo passar de sua cadeira na varanda frontal do asilo. e nem é tudo tão rápido, é simplesmente desinteressante. doença ds caixões. ou sua cabeça explode ou se acomoda na freqüência nova. não é impossível, só é uma merda quando a sintonia é só... estática.