terça-feira, setembro 09, 2003

- sonho da semana passada. se não der pra ler - o fotolog pra pobre limita o tamanho dos arquivos - então olha aí:

SONHO DA SEMANA PASSADA

O comandante do navio em que eu estava chamou o chefe de cada deque pra uma reuniao de emergencia depois do barulho estranho que deixou todo mundo preocupado no meio da noite.

O navio estava afundando.

Por alguma razao nao havia barco ou bote salva-vidas; cada chefe de deque tinha de encher a mochila com o que tivesse de mais importante pra sobreviver e pular no mar pra encontrar ajuda. Ja estava tudo meio inclinado, agua invadindo o conves e levando muitos objetos da tripulacao e dos passageiros consigo.

Entao eu, a Flavia, a Penelope Nova e uns amigos cuja cara nao lembro comecamos a enfiar na mochila o que achavamos no caminho: remedios, faixas, gazes, comida enlatada; aos poucos mais e mais coisas iam aparecendo e eu ia pegando porque eram Importantes: CDs indispensaveis [alguns foram descartados], CD player, pilhas, talvez uns gibis. Cada um foi se atirando atras do outro no mar, usando o impulso da agua que ja havia entrado e cuidando pra nao demorar muito e acabar separado do resto.

Estava escuro a ponto de nao se enxergar mais que uns metros a frente; mesmo sabendo que quase tudo dentro das mochilas ja estava encharcado, todos continuaram com a cabeca fora d'agua em frente. Poucos minutos depois percebemos que estavamos numa parte muito rasa, com agua na altura da canela e andamos ata a praia. Era incrivel pra gente como o navio podia estar numa parte mais funda se ali era tao raso e como as luzes da cidade que aparecia atras da praia nao chegava na embarcacao.

Alguns se separaram; achei a principio que estava em Santa Catarina ou Rio Grande do Sul. Mas estava no norte do pais - ou numa cidade chilena habitada por brasileiros. Um sujeito novo com pinta de alemao apontava com a cabeça raspada pra onde a gente devia seguir naquele posto de beira de estrada. So alguns predios estavam com a luz acesa.

Quem pOde se manteve junto mas um perigo muito grande se avizinhava pra haver aquela dispersao. Nao era tao tarde pra rua estar vazia daquele jeito. Mas os pequenos predios residenciais perto da estrada e que mais pareciam postos de observacao iam servir pra gente se abrigar e carregar as metralhadoras esquisitas que achamos.

E a gente ia precisar, porque nao ia ser facil lutar contra os alienigenas que já esperavam a gente.

(c) hector lima 2003