quinta-feira, maio 29, 2003

- muito engraçado o levante jornalístico contra o documentário TIROS EM COLUMBINE do Michael Moore. o cara foi acusado de ferir a ética jornalística - ao acelerar o processo do banco que entrega vale-rifle pra poder ser filmado enquanto saía armado da agência - e humana - ao colocar o Charton Heston contra a parede, "invadindo" sua casa, pressionando-o para responder a perguntas sobre o porte de armas nos EUA e ao filmá-lo indo embora como um velhinho doente. o mesmo velhinho doente que foi a Columbine depois das mortes no colégio pra amenizar o papel da facilidade em se compra armas e o mesmo velhinho que estrelou filmes tão legais, mas que afirmou que o problema dos EUA é "ter muitas etnias". erros jornalísticos do Moore existem, mas não mudam o fato de um banco dar rifle a novos correntistas e de o presidente da organização que é a herdeira ideológica da KKK afirmar esses absurdos. Moore é sim um gordo egocêntrico [que gosta de aparecer bastante nos próprios filmes] e anti-ético na sua filmagem. pode-se até dizer que seu recurso discursivo é fascista, tal o grau de pentelhação pra forçar um ponto de vista. ele pode não ter uma agenda política que vá além da auto-promoção pra vender DVDs, mas caraco, não são essas as armas usadas pelos safados que coordenam a miséria dos países mais ferrados? já estava na hora de algum jornalista [por mais que seja norte-americano e tosco] com grande exposição na mídia mundial usar das armas do inimigo. chute no saco vale sim. é o que todos nós manés cucarachas temos recebido a vida toda.