sexta-feira, janeiro 03, 2003

- Eu sou influenciável e isso parece bom:

* Takeshi Kitano fala sobre "Dolls", seu mais recente longa

*Takashi Murakami lança manifesto do "pós-japonismo"

"E como vai Lula?", pergunta a intérprete francesa de Takeshi Kitano quando a Folha se apresenta para a entrevista com o cineasta japonês. "Lu-la?", repete Kitano. A intérprete explica: "É o político de esquerda que foi eleito no Brasil". Kitano solta uma exclamação forte, como um samurai de Kurosawa: "Ôoooà". E diz: "No Japão, eles mandam matar todos os políticos de esquerda".

É o lado Beat Takeshi que está falando no diretor. Beat é o apelido de Kitano na televisão japonesa, da qual ele é talvez o apresentador mais famoso de todos os tempos. Sua relação com a TV começou no fim dos anos 70, quando participou de atrações de humor e escracho. Virou um cult entre diferentes gerações. Nos últimos anos, fez desde recreações de auditório, em que se vestia de mocinha ou tirava a roupa, até "talk show" político e programas sobre arte, como "Todos Podem Ser Picasso", que comanda há seis anos.

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